Esse
texto vai ser excepcionalmente maior que os outros, peço paciência.
Originalmente, eu ia fazer um post sobre
como é usar o Tinder aqui. Mas tendo em vista os acontecimentos de ontem,
resolvi mudar.
O Tinder aqui é engraçado, tem umas fotos
bem esquisitas e os nomes das pessoas são mais esquisitos ainda. Nota-se que o
povo é criativo aqui.
Em menos de 10 minutos brincando consegui
uns cinco matchs, onde três delas me chamaram para sair em menos de cinco
minutos de papo. Pensei “terra promissora essa aqui”.
Uma delas em especial, de 19 anos,
reclamando que os homens de Porto Velho eram muito “infantis” e ela queria
conhecer “homens de verdade”. Eu não entendi muito bem o que ela quis dizer...
assumi que era “homens para um relacionamento sério, mas ela disse que não.
Continuamos o papo e no primeiro dia foi tudo muito legal.
Mas quando a sorte me favorece eu já sei
que vem porrada, claro que não demorou muito.
Por algum motivo desconhecido a primeira
mensagem dela já foi dando esporro. Em seguida seguiu a tradição feminina de
ocultação de motivo.
Não adiantou perguntar qual era do mau
humor, ela era irredutível em reclamar e dizer que não era nada, mas queria “fazer
alguma coisa”.
Como era meu terceiro dia em Rondônia,
expliquei que não tinha como, pois eu estava na casa de amigos e eles tinham
marcado compromissos para mim e eu teria que procurar apartamento.
Ela dispensou a necessidade e indagou o
motivo de procurar apartamento (?) e que caso eu quisesse, eu poderia morar com
ela e a mãe dela (Crazy Alert acordou a cidade inteira).
No inferno o capeta ria de mim...
Após desistir de fazer ela entender que
não haveria condições de encontrá-la no dia e que somente conseguiria no dia
seguinte, começou o drama. Apontou várias vezes que eu estava deixando ela em
segunda opção (oi?) e que eu era um babaca por isso (SEGUNDO DIA DE PAPO) e que
homens de verdade não fazem isso (aparentemente homens de verdade atendem a
chantagem emocional de meninas mimadas, mas vamos em frente).
Crazy alert já estava chamando o exército,
a força nacional e os fuzileiros para me retirar dessa furada, mas
otimistamente insisti.
Depois de muito pensar e faniquitos da menina
resolvi ceder. Eu iria a um lugar chamado “espaço alternativo” (terá seu próprio
post), que as pessoas socializam, caminham, andam de patins e afins, para caso
ela quisesse me encontrava lá.
Reclamou (óbvio) mas foi.
Meu amigo me sugeriu enquanto esperávamos,
conhecer o local, então aceitei.
Ela chegou já esbravejando que eu não
estava lá (não sei como ela sabia, já que nunca tinha me visto), e que eu tinha
cinco minutos para chegar ou ela iria embora (ui).
Eu já estava rindo, mas cheguei em menos
de cinco minutos (coincidência), e, nesse ponto, já estava me amaldiçoando por ter
cedido.
Cheguei, demorei a encontrá-la porque a
retardada não estava onde combinamos, mas ok, missão cumprida, vamos ver se ela
sossega a periquita.
HÁ-HÁ-HÁ, inocente.
Imediatamente ela começou a reclamar que
estava suada e que estava calor, como se fosse culpa minha do diabo ter
escolhido esse lugar como fogueira do inferno, que ela não devia ter vindo e
tudo que há de ruim no mundo a culpa era minha e ela estava indo embora.
Eu não demorei 1 segundo para virar de
costas e ir embora no sentido oposto com um puta sorriso no rosto (havia me
livrado). Mas não... o pesadelo não tinha terminado ali. Eu não iria me livrar
tão fácil...
Foram 72 mensagens de reclamação em 15
minutos, sim, eu me dei o trabalho de contar.
Reclamou que eu a tinha feito gastar
dinheiro. Eu prontamente me ofereci para compensar os prejuízos, o que ela
declinou falando que não precisa de homem nenhum e que ela realiza seus próprios
gastos...enfim.
Que iria de ônibus pra casa e o ponto era
em um lugar escuro e eu não me ofereci para levar ela (?).
Se xingou, me xingou... foi uma zona. Eu parei de responder quando já estava assim...
Diário de um índio. Entenderam porque eu
criei? Terceiro dia.